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Marcela Lespade

Maior tecnologia, menor capacidade?


No presente artigo -a estudante do curso de formação de professores de português da ENS Lenguas Vivas "Sofía Spangenberg"- introduz uma série de reflexões sobre as ideias de identidade e as diferenças de como são construídas a partir de dispositivos discursivos e culturais, como temáticas de interesse aos futuros professores de línguas estrangeiras.

 

¿Maior tecnologia, menor capacidade?


Por Marcela Lespade


No início da década dos anos 80, Pink Floyd revolucionava os jovens do mundo com o seu álbum The Wall. Nele aparecia uma sociedade que pedia ser respeitada pela sua identidade, sua cultura como indivíduos sociais, com suas diferenças em gostos, sentimentos e necessidades.


Na concepção sociológica clássica, a identidade é formada pela interação entre o eu e a sociedade. A sociedade atual está comunicada pela tecnologia e pela informação, parece formar parte de um mundo sem fronteiras, um mundo onde interagimos com pessoas de todas as partes do planeta.


Tudo isto parece significar uma nova forma de viver, uma nova grande sociedade, compartilhando a mesma “raça humana”, com iguais direitos e deveres. Mas, como vemos no dia a dia, isso ainda não é possível. E o pior não é que esta impossibilidade se deva somente a problemas políticos, sociais ou econômicos, mas é uma impossibilidade mental. Sim, nosso cérebro parece que ainda não conseguiu evoluir o suficiente. Na época em que os grandes filmes mostram um mundo habitado por humanos cibernéticos, filhos de deuses, criaturas extraterrestres ou robôs que lutam juntos contra os malvados, nós ainda não conseguimos aceitar diferenças muito mais simples, tais como a cor da pele, tipos diversos de cabelos, olhos mais claros ou escuros, diferentes estaturas, tamanhos ou capacidades intelectuais. Sim, essas simples questões de aparência ou de ideias ainda são motivos de diferença. Essa mesma diferença que pedíamos ser respeitada para não sermos “um tijolo mais na parede” é a mesma que hoje nos divide.


A pesar de estarmos chegando ao ano 2020, ainda devemos continuar explicando que todos somos diferentes uns dos outros e que nascemos de uma combinação genética que consegue que todos e cada um de nós tenhamos maravilhosas características únicas e irrepetíveis!


Quero compartilhar com vocês a campanha “Ser Diferente é Normal”, uma iniciativa do Instituto Metasocial brasileiro para promover a diferença através da conscientização, feita no ano 2012.


Anseio que possamos ser nós, futuros professores de línguas estrangeiras, aqueles que todos os dias dentro e fora da sala de aula mostremos para o mundo a maravilha que significa sermos todos diferentes!

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