A poesia recitada, desmembrada, embaralhada, imaginada, recriada e escrita novamente no Sarau da Língua Portuguesa.
A professora “adscripta” da cátedra de Cultura dos Povos de Fala portuguesa I, Ana Clara Garritano, relata por um lado, a experiência da leitura de poesia em LP escrita por mulheres e pelo outro, o posterior trabalho feito com crianças do ensino primário a partir dos poemas lidos pelos alunos do professorado.
Poética feminina da África e da Ásia
Por Ana Clara Garritano*
Como já se tem conhecimento, “a data de 5 de maio foi oficialmente estabelecida em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
- uma organização intergovernamental, parceira oficial da UNESCO desde 2000, que reúne os povos que têm a língua portuguesa como um dos fundamentos da sua identidade específica - para celebrar a língua portuguesa e as culturas lusófonas. Em 2019, a 40ª sessão da Conferência Geral da UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de Maio de cada ano como "Dia Mundial da Língua Portuguesa"(1)
Neste ano, em nossa instituição educativa, nosso querido “LINGUINHAS”, se promoveu um sarau para rememorar o dia da língua portuguesa no mundo.
Por um lado, nossa Professora de Cultura, Fernanda de Sousa Tomé, pensou que seria lindo e importante trabalhar com a literatura de escritoras mulheres dos outros países que têm também como língua oficial o Português. Não nos restringindo só a Portugal e Brasil. Para isso, sorteou-se entre as e os estudantes dessa matéria poesias das escritoras selecionadas e cada integrante recitou-as.
Por outro lado, participaram do sarau as crianças do segundo ciclo da primária, junto com suas famílias, onde professores de diferentes áreas, assim como colegas estudantes do professorado, desenvolveram uma dinâmica muito linda durante o acontecimento, incluindo a música, o canto, o teatro, a dança e a poesia.
Proposta Didática - Cadáver esquisito
Quanto à poesia, a Professora Fernanda preparou uma atividade para as crianças. Todas as poesias foram desmembradas em frases soltas, misturadas, espalhadas em uma mesa com cola e folhas de papel de carta coloridas.
A criançada foi convidada a “reescrever” poesias com tais frases, usando-as livremente, aleatoriamente, porque afinal de contas poesia se trata disso. Como bem dizia nossa querida Alejandra Leoni, Professora de Literatura: “A poesia é livre e cada leitor tem sua própria leitura”.
E como não poderia ser diferente, o resultado foi maravilhoso. Absolutamente criativo e livre, provocando nas crianças vontade de recitar as produções que surgiram das suas liberdades de criação e expressão.
No seguinte vídeo oferecemos um trecho da filmagem que a Professora Fernanda fez de algumas “obras” produzidas pela criançada em nosso sarau.
Créditos das imagens
Bandeira com o logotipo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) https://w.wiki/7p5$
Imagem da capa: https://w.wiki/7p5n modificado e https://w.wiki/7p5w modificado
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